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Moradores das avenidas Apucarana, Rio de Janeiro e áreas
próximas estão revoltados com o que chamam de fatiamento da praça JK, mais
conhecida como praça do Japão.
Um grupo de pelo menos 30 pessoas se reuniu no local neste
domingo (18) pela manhã e promete reforçar o protesto contra a Prefeitura.
Novos encontros estão previstos para as 12h e as 18h30 desta segunda-feira. Os
organizadores pedem para levar proteção contra o sol, pois restaram poucas árvores
para fazer sombra.
“Estamos de luto”, disse uma empresária. “Isso aqui é um
crime. Faltou diálogo antes de cometerem essa babárie”, emendou outro morador.
“Até quem não mora na região mostra-se indignado. “Não podíamos ter deixado
isso acontecer”.
Nas redes sociais o assunto ganha projeção a cada minuto.
“Enquanto nas outras cidades estão construindo ciclovias, aqui (em Umuarama)
estão cedendo espaço para os carros”, escreveu uma professora. “Cadê o Conselho
do Meio Ambiente, ONGs, IAP, Aceu, Partido Verde, Universidades. Agora é
tarde”, foi outro dentre dezenas de comentários.
O secretário de Habitação e Projetos Técnicos da Prefeitura de
Umuarama, Márcio Maia, disse que foram cortadas somente as árvores necessárias
para a execução do projeto e que elas serão substituídas por espécies temáticas
da cultura japonesa, como é o caso da cerejeira.
“As que puderam ficar, ficaram”, disse o secretário que ficou
bastante irritado com os questionamentos. Ele se recusou a responder outras
perguntas.
A colônia japonesa de Umuarama é contra o projeto que fatia a
praça. O engenheiro Frank Hasse integrou uma comissão com representantes do
Aceu que procurou a prefeitura há cerca de um ano para questionar sobre o
projeto de reurbanização da praça.
“Umuarama está na contramão. Enquanto a maioria das cidades
querem ampliar os espaços públicos, nós estamos limitando”, disse.
R$ 473 mil
As obras de revitalização da praça foram iniciadas há cerca de
uma semana e estão a cargo da empresa Opus Prima Engenharia ao preço de R$
472.939,28. Parte desse valor (R$ 150 mil) pertence ao município. O restante
vem do Ministério das Cidades. A vigência do contrato é até 22 de junho de
2016.
A avenida Rio de Janeiro cortará a praça ao meio e a avenida
Apucarana terá uma nova mão de circulação. Hoje ela contorna o largo, no
sentido Bosque dos Xetá à Avenida Paraná.
“Construiremos um playground e uma ATI em uma das partes. A outra parte
terá pórticos vermelhos e luminárias estilizadas na cultura japonesa, além de
calçadas, ajardinamento, bancos e um chafariz, porém sem espelho d'água”, disse
recentemente o secretário de Obras, Marcio Maia.
Postado por: REDAÇÃO O BEMDITO