quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Moradores protestam contra corte de árvores e ‘fatiamento’ da praça do Japão

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Moradores das avenidas Apucarana, Rio de Janeiro e áreas próximas estão revoltados com o que chamam de fatiamento da praça JK, mais conhecida como praça do Japão.
Um grupo de pelo menos 30 pessoas se reuniu no local neste domingo (18) pela manhã e promete reforçar o protesto contra a Prefeitura. Novos encontros estão previstos para as 12h e as 18h30 desta segunda-feira. Os organizadores pedem para levar proteção contra o sol, pois restaram poucas árvores para fazer sombra.
 “Estamos de luto”, disse uma empresária. “Isso aqui é um crime. Faltou diálogo antes de cometerem essa babárie”, emendou outro morador. “Até quem não mora na região mostra-se indignado. “Não podíamos ter deixado isso acontecer”.
Nas redes sociais o assunto ganha projeção a cada minuto. “Enquanto nas outras cidades estão construindo ciclovias, aqui (em Umuarama) estão cedendo espaço para os carros”, escreveu uma professora. “Cadê o Conselho do Meio Ambiente, ONGs, IAP, Aceu, Partido Verde, Universidades. Agora é tarde”, foi outro dentre dezenas de comentários.
O secretário de Habitação e Projetos Técnicos da Prefeitura de Umuarama, Márcio Maia, disse que foram cortadas somente as árvores necessárias para a execução do projeto e que elas serão substituídas por espécies temáticas da cultura japonesa, como é o caso da cerejeira.
“As que puderam ficar, ficaram”, disse o secretário que ficou bastante irritado com os questionamentos. Ele se recusou a responder outras perguntas.
A colônia japonesa de Umuarama é contra o projeto que fatia a praça. O engenheiro Frank Hasse integrou uma comissão com representantes do Aceu que procurou a prefeitura há cerca de um ano para questionar sobre o projeto de reurbanização da praça.
“Umuarama está na contramão. Enquanto a maioria das cidades querem ampliar os espaços públicos, nós estamos limitando”, disse.
R$ 473 mil
As obras de revitalização da praça foram iniciadas há cerca de uma semana e estão a cargo da empresa Opus Prima Engenharia ao preço de R$ 472.939,28. Parte desse valor (R$ 150 mil) pertence ao município. O restante vem do Ministério das Cidades. A vigência do contrato é até 22 de junho de 2016.
A avenida Rio de Janeiro cortará a praça ao meio e a avenida Apucarana terá uma nova mão de circulação. Hoje ela contorna o largo, no sentido Bosque dos Xetá à Avenida Paraná.
“Construiremos um playground e uma ATI em uma das partes. A outra parte terá pórticos vermelhos e luminárias estilizadas na cultura japonesa, além de calçadas, ajardinamento, bancos e um chafariz, porém sem espelho d'água”, disse recentemente o secretário de Obras, Marcio Maia.
Postado por: REDAÇÃO O BEMDITO
18 de Outubro de 2015 15h05