quinta-feira, 26 de junho de 2014

Praça do Japão: construção será executada com 4 anos de atraso

Em 2007, o então vereador Caio Nishigawa, ilustre personalidade da política e da colônia japonesa local de saudosa memória, e o prefeito da época Luiz Renato Azevedo anunciaram que haviam reivindicado junto ao Governo do Estado uma verba de R$ 300 mil para a construção da Praça do Japão.
 Até hoje, quatro anos depois, a tal verba não apareceu e o terreno continua lá à espera de que o projeto seja executado.

O local já havia sido escolhido, o antigo Largo do Triunfo, localizado no encontro das Avenidas Rio de Janeiro com Apucarana, próximo à Viação Umuarama e a dois quarteirões da Avenida Paraná. Embora topograficamente acidentado, com um forte declive, a área é uma das mais nobres de Umuarama, não só pela sua localização central, mas pelo seu alto valor no mercado imobiliário. O projeto da Praça do Japão estava pronto e fora desenvolvido pelo engenheiro civil Frank Kiyoshi Hasse. Mesmo com todos esses detalhes, os recursos não foram liberados e o projeto adormeceu por todo esse período em alguma gaveta à espera de que a obra aconteça.
A Coluna ITALO registra ainda que no dia 5 de julho de 2008, ainda sob o calor das comemorações do aniversário da fundação de Umuarama, naquele logradouro público foi inaugurado o monumento em homenagem ao Imin-100/Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, onde até hoje permanece num amplo descampado, pois o resto está coberto de um verdejante gramado, mas a Praça do Japão de fato ainda não existe.
É importante frisar que Umuarama tem aproximadamente 2% de sua população formada por descendentes de japoneses, que se destacam em diversas atividades da sociedade, economia e cultura. A colônia nipônica, que começou a se formar no município logo pós a fundação da cidade em 1955, teve participação direta no ciclo da colonização de Umuarama. Vale recordar que em 1958 foi fundada a Associação Recreativa e Esportiva de Umuarama (AREU, hoje ACEU), o primeiro clube social da urbe, então conhecido como “Clube Japonês”. Nada mais justo, a exemplo dos imigrantes de outras nacionalidades, que a colônia da Terra do Sol Nascente seja
 representada na geografia urbana com uma bela Praça do Japão.

Homenagens que o tempo apagou.
Quando da urbanização de Umuarama, na segunda metade da década de 1950, a colonizadora Cia. Melhoramentos nominou de Largo do Triunfo aquele espaço situado no encontro das Avenidas Rio de Janeiro e Apucarana. Anos depois, os umuaramenses decidiram homenagear o Presidente Juscelino Kubistchek, responsável pela revolução industrial e do desenvolvimento do Brasil na década de 1960. Esses dois tributos não foram, vamos assim dizer, em caráter definitivo, pois durante mais de 40 anos o lugar ficou relegado ao descaso, sem nenhuma benfeitoria, resumindo-se apenas a um pedaço de chão solitário no meio de uma área habitada...
No início do ano 2004, a Câmara de Vereadores aprovou a criação do Memorial dos Pioneiros, que deveria ser construído nesse mesmo terreno, antes nominado Largo do Triunfo e, depois, Praça JK. Segundo o projeto, teria formato de concha acústica e lápides constando os nomes dos primeiros habitantes de Umuarama. Tudo certo, devidamente aprovado pelo Legislativo e pelo Executivo. No entanto, nem um tijolo sequer foi erguido em reconhecimento aos fundadores da Capital da Amizade. 
A área continuou deserta e o referido projeto simplesmente se perdeu no tempo e no espaço...
Agora, já se passaram quatro anos, e a Praça do Japão, também aprovada pela máquina burocrática, ainda é uma utopia... (ITALO FÁBIO CASCIOLA)

Um sonho a ser realizado
Questionado sobre o assunto, o presidente da ACEU Hemerson Yokota garantiu que a colônia japonesa está dedicando todos os esforços para executar a obra e, para tanto, contatos já tem sido mantidos com o prefeito Moacir Silva, que demonstrou interesse em ver a Praça do Japão construída. Também já contatou o engenheiro Frank Hasse para discutir o projeto e, nos próximos dias, Yokota pretende solicitar apoio do Consulado do Japão no Paraná para reivindicar recursos para a execução do projeto.
Yokota lembrou que a construção da Praça do Japão foi uma iniciativa do ex-presidente da ACEU Caio Nishigawa, na época vereador, e que pretende realizar esse sonho numa homenagem póstuma ao amigo e aos imigrantes japoneses que participaram da colonização e do desenvolvimento de Umuarama, representados através da Associação Culturale Esportiva (ACEU), antigamente conhecido como Clube Japonês.

Fonte: Ilustrado

Disponível em:
http://www.ilustrado.com.br/2011/ExibeNoticia.aspxNot=Pra%C3%A7a%20do%20Jap%C3%A3o:%20constru%
C3%A7%C3%A3o%20ser%C3%A1%20executada%20com%204%20anos%20de%20atraso&NotID=5137

  • 15/01/2010
  • Cerejeiras reforçam identidade japonesa em praça da região central
  • Localizada na região central, entre as avenidas Rio de Janeiro e Apucarana, a praça Juscelino Kubitschek não é conhecida popularmente como ‘Praça do Japão' por acaso. Além do memorial em homenagem ao centenário da imigração japonesa (1908-2008), passou a contar com trinta mudas de cerejeira, a árvore símbolo da Terra do Sol Nascente'.
    O plantio foi realizado ontem pela manhã, com as presenças dos secretários Antonio Carlos Favaro (Agricultura, Meio Ambiente e Turismo) e Hemerson Yokota (Defesa Social). O ato foi prestigiado por diversos integrantes da Associação Cultural e Esportiva Umuarama (ACEU): Milton Amamia (tesoureiro), Massashi Mori (conselheiro), Lumico Mori (representante do departamento de senhoras), Jorge Tanaka (conselheiro) e Makoto Watanabe (conselheiro).
    "As cerejeiras certamente representarão um pedacinho do Japão aqui na cidade", diz Lumico Mori. Hemerson Yokota, que além de secretário municipal é vice presidente da ACEU, destaca que a administração municipal sempre será parceira de iniciativas voltadas ao fortalecimento da identidade japonesa, de presença marcante no processo de colonização do município e região.
    O memorial e o conjunto de cerejeiras saúdam a convivência harmônica, integração pacífica e troca de valores culturais. A imigração japonesa ao país simbolizou tudo isso, trazendo o respeito aos antepassados, a importância da família e do trabalho. "São símbolos e valores inclusive para as futuras gerações", avalia Yokota.

    Legado
    Os japoneses foram fundamentais para o crescimento e o desenvolvimento não só de Umuarama, mas de diversas outras cidades paranaenses. Produziram riquezas e trouxeram a experiência e o conhecimento de técnicas agrícolas que ajudaram muitas famílias algumas décadas atrás.

    Símbolo
    A cerejeira (sakurá) floresce uma vez por ano e o processo dura menos de uma semana. As folhas se vão com a chegada do outono. Os galhos nus enfrentam o inverno para desabrochar em flor na estação seguinte, entre março e abril. A flor nacional do Japão simboliza a felicidade.
    Estima-se que, no Japão, existam perto de 200 espécies de cerejeiras, com flores que vão do vermelho ao branco, passando pelo rosa e pêssego. No Brasil, poucas variedades conseguiram se desenvolver, em função das variações climáticas. As cerejeiras deverão substituir gradualmente as sibipirunas existentes na praça.
  • Fonte: www.umuarama.com.br




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